quarta-feira, dezembro 01, 2010

Desânimo (ou ânimo abstruso)

Sou medíocre no que faço de melhor, por isso minha evolução deixa de sê-la.
Vira algo que é persistência
(que é insistência
que é paciência
que é excessiva)
de tentar agir quando se é a imagem da inércia.

Coberto de fuligem e pó de engrenagem, não sigo adiante por estar imobilizado.
Todo núcleo está tão compactado dentro dessa crosta que o superficial imediato acaba por se tornar permanente.

Nesse egoísmo mútuo e imposto de mim comigo mesmo, não há o social dos sentidos – a fome de mostrar ao mundo.
O que tem é o sentir
(e nele a falha
e nela a negatividade
que se excede por nada)
e só isso transborda em mim.

2 comentários:

Elise disse...

Me encantei, Charles. E te disse.

Unknown disse...

Nunca entendo os posts do Charles =T