domingo, abril 26, 2020

Fogo

Toda uma existência pesarosa por si.
Toda uma experiência que transborda o corpo
(e corre para onde?)
De repente. Assim, de repente. De um segundo para o outro. Do centésimo do milésimo do infinitésimo
(onde está!?)

Luz.

Desperta o guardador de rebanhos. Aquele que (ainda) nega sua função, mas que sente desde sempre para o que estava sendo preparado
(por quem?)
O guardador de coisa alguma.
Nada de animais, vestimentas, máscaras, estéticas.
Nada de família, de amigos, de festas.
Nada o pertence.
Por isso, e somente isso, a ele tudo pertence.

Floresce, então, para o amanhecer.
Na companhia da família, de amigos, numa festa!
Na companhia de estéticas, máscaras, vestimentas e animais! Vida!

Luz que irradia e contagia do jeitinho que precisa contagiar.
Luz que existe assim, e somente assim, e somente por isso, ela existe.
Ilumina e se ilumina.
Aceita a noite, se acolhe e dorme para assim irradiar mais ainda!

Ela não está em lugar nenhum.
Por isso, está em todo lugar.

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