O sofrer, como tudo, perde o próprio sentido quando é percebido. A percepção tem a capacidade de tornar tudo sutil. Ou infantil. (Infantil?)
Do enorme ao banal, essa é a propriedade.
No decorrer da consciência e da falta dela, temos criado mundos complexos. Tão complexos que não compreendemos nossa própria criação. A criatura tem garras.
Esquecer o que, quando não há o que lembrar?
Existir é muito abstrato.
terça-feira, dezembro 28, 2010
quarta-feira, dezembro 01, 2010
Desânimo (ou ânimo abstruso)
Sou medíocre no que faço de melhor, por isso minha evolução deixa de sê-la.
Vira algo que é persistência
(que é insistência
que é paciência
que é excessiva)
de tentar agir quando se é a imagem da inércia.
Coberto de fuligem e pó de engrenagem, não sigo adiante por estar imobilizado.
Todo núcleo está tão compactado dentro dessa crosta que o superficial imediato acaba por se tornar permanente.
Nesse egoísmo mútuo e imposto de mim comigo mesmo, não há o social dos sentidos – a fome de mostrar ao mundo.
O que tem é o sentir
(e nele a falha
e nela a negatividade
que se excede por nada)
e só isso transborda em mim.
Vira algo que é persistência
(que é insistência
que é paciência
que é excessiva)
de tentar agir quando se é a imagem da inércia.
Coberto de fuligem e pó de engrenagem, não sigo adiante por estar imobilizado.
Todo núcleo está tão compactado dentro dessa crosta que o superficial imediato acaba por se tornar permanente.
Nesse egoísmo mútuo e imposto de mim comigo mesmo, não há o social dos sentidos – a fome de mostrar ao mundo.
O que tem é o sentir
(e nele a falha
e nela a negatividade
que se excede por nada)
e só isso transborda em mim.
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