Quando uma mera frase de desejo vai ser levada como uma mera frase de desejo? Às vezes é difícil segurar uma frase de desejo, e ela foge! Às vezes não temos culpa da falta de desejo alheio, mas não leve a mal uma frase indomada que nem sempre é um convite. Eu só queria um pouco, o suficiente para ficar alegre! Não mande-me ao inferno, eu nem te chamei para compartilhar do desejo!
As horas se vão, células morrem. E quando todos os pixels apagam, a tela se apaga. E podemos apertar o botão do estabilizador. E se apertar antes, pode danificar algo, ao menos é o que dizem! Coisas apertadas antes da hora podem ser danificadas? Deve ser por isso que a moça da quitanda pôs a plaquinha de "Não apalpe" em cima das pêras!
E o duro vira macio ou nós só nos acostumamos com sua rigidez? Às vezes as coisas amolecem mesmo com o tempo, mas outras vezes não. A dureza às vezes vem coberta com veludo, mas outras vezes não. Às vezes as bolsas de águas são macias, mas sem a água nem tanto. A própria água às vezes nem é tão macia assim!
Os vizinhos às vezes fazem parte da nossa vida, mas algumas vezes quem faz parte da nossa vida está bem longe. Os vizinhos, às vezes, ouvem o que você berra na cozinha ou suas cantorias no banheiro, mas às vezes não são eles quem deveriam estar ouvindo. Às vezes um cachorro dorme ao seu lado na cama, não é bem ele que você queria, mas serve né!?
Se vestir bem, se perfurmar e se maquiar nem sempre chama atenção. E comer maracujá nem sempre significa dormir, do mesmo jeito que estar triste não significa ser triste. O histórico pode ser apagado, mas seu conteúdo vai continuar existindo em algum lugar por aí. E desejos, nem sempre desejados, podem ser calados, mas às vezes é melhor não. Momentos podem ser construídos ou evitados. Amigos podem ser aleatórios ou selecionados.
E outras coisas que eu esqueço às vezes.
Tudo é tão relativo.
quinta-feira, março 02, 2006
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Um comentário:
Às vezes você perde. Às vezes outros ganham.
E, em todas elas, você cresce.
C'est la vie.
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