Minha diminuta importância diante de tudo que me circula, mantém-me tão limitado quanto uma tira vermelha em um pacote de bolachas. Se me puxam, abre ao resto. Se me mantém, apodrece intacto. O que seria pior?
Presença sequer notada na multidão - e sem motivo para ser - que vê a mesma com olhos assustados escondidos atrás da carne que envolve a face externa, que demonstra, com algum sucesso, o que é preferido pelos transeúntes. Ou o inverso, ou alguma terceira opção.
E a distância entre tudo e eu envolve-se do destilado vazio vacuoso e estufa-se de confortável e macia coisa nenhuma, como se todas as coisas fossem importantes demais para se aproximarem. Porém essa sensação de repulsa que nunca me deram, e sempre apliquei como presente, corre no âmago da minha auto-estima deturpada por um mundo que nunca teve a intenção de fazer-me mal. Quem é pior?
É então visão, que de tão interna nomeia-se visceral, regada por sangue e gás e excretas em excesso recebidas desmedida e desfiltradamente, que eu digo com algum orgulho: minha.