quinta-feira, abril 27, 2006

Bah

O que está acontecendo [...]?

Responda sem saber. Não precisa ter sentido, muito menos um caminho linear.

sexta-feira, abril 21, 2006

Esponjas preguiçosas

Agora há pouco estava tomando água com açucar.
Não, eu não estava nervoso ou algo do tipo. Minha mãe sempre nos dava água com açucar quando estávamos "nervosos ou algo do tipo". Quando menor eu não tomava água com açucar por vontade exatamente por isso, achava ser remédio mesmo que nunca tivessem me dito que havia qualquer tipo de droga nisso.
Nunca houve qualquer tipo de droga em água com açucar, mas eu só via as pessoas tomando quando era "necessário". Sem falar que quando eu tomava por tomar me diziam que fazia mal. De onde tiraram isso? É bem óbvio, eles tinham (ou ainda tem) a mesma visão que eu tive.
Engraçado como as pessoas absorvem e guardam as coisas do mesmo jeito que recebem. Isso é falta de personalidade ou medo da modificação? Talvez confiança demais.

terça-feira, abril 18, 2006

Extremismo simbolista do terrorismo poético

Uma laranja.
Aliás, um feto de laranja.
Cresce, cresce, amadurece, cai.
Abre uma rachadura na casca, seu suco é ácido.
Caem mais laranjas dessa árvore fértil porém abandonada. Mais suco ácido no chão.
Chegam pássaros, formigas, moscas depositando seus ovos que crescem, crescem, viram vermes, amadurecem, viram moscas e botam mais ovos. Chega o calor do sol, o suco evapora, sobe, vira parte de nuvem que vira parte de uma chuva que cai e vira parte do chão.
Mais uma laranja.
Colhida, comida, vendida, espremida.
Descascada, cortada, chupada, descartada.
Mais suco com ácido. Fazendo revoluções internas; guerras.
Mais criaturas. Morrendo, nascendo, crescendo, caindo ou não.
Mais evaporação; gases e explosões.
Mais imagens, sons, sabores, texturas, aromas.


E mais crianças pedindo Tang.